Thailine Leite
Reflexão nº 8
Naturalidade
A naturalidade, segundo
Luciana Duranti, é uma característica dos registros documentais. Esta
naturalidade é em relação a como os documentos se acumulam no decorrer das
transações em segundo as necessidades da matéria em pauta. Diferentemente, por
exemplo, dos objetos de museu, coletados artificialmente, os documentos são
acumulados naturalmente, em função dos objetivos de seu produtor. (DURANTI,
1994, p.3). Mas é importante ressaltar que este aspecto do documento, assim
como as suas demais características, diz respeito ao documento em si e não em
relação aos seus produtores, às atividades que o geraram ou a sua utilização. (LOPEZ,
20015, p. 24).
Cenas do filme sobre os informes semanais oficiais Disponível em: docmaniatv |
Em relação ao filme
Gueto, tal característica dos documentos, possibilita compreender como se deu a
acumulação dos documentos expostos no filme no curso de suas atividades, como os
relatórios semanais de oficiais, os informes financeiros, os passes de entrada,
o que é decisivo para a análise documental. As especificidades dos documentos,
as suas característica, incluindo-se, assim, a naturalidade, “tornam a análise
dos registros documentais o método básico pelo qual se pode alcançar a
compreensão do passado tanto imediato quanto histórico, seja com propósitos administrativos
ou culturais”. (DURANTI, 1994, p. 4 ).
Referências:
DURANTI, Luciana. Registros documentais contemporâneos como
provas de ação. In: revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro,
v. 7, n.13, 1994, p.49-64.
LOPEZ, André Porto Ancona. História e arquivo: interfaces. In: MORELLI, Ailton
José (org). Introdução ao estudo
da História. Maringá: EDUEM, 2005, p. 21- 34.
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