quinta-feira, 23 de junho de 2016

Reflexão Filme Gueto

Reflexão nº 12
Thailine Leite

Gênero Documental

Dicionário de Terminologia Arquivística de São Paulo, AAB-SP (1996 p. 41) traz como definição de Gênero Documental a  “Configuração que assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizado na comunicação de seu conteúdo.”. Em meio a sociedade é observável que diferentes signos são utilizados para transmitir a informação e as novas tecnologias colaboram para a criação de vários gêneros documentais. “Os arquivos, por sua vez, também são afetados pelas constantes inovações tecnológicas que influem diretamente na maneira em que a sociedade produz seus registros. Os arquivos contemporâneos caracterizam-se pelo grande volume de documentos e pela coexistência de diversos suportes de informação. Ao lado do suporte tradicional, o papel, surgem filmes, fitas magnéticas, discos óticos etc. Do mesmo modo, novos tipos documentais passam a ser agregados aos arquivos, ampliando o conceito de documento." (LOPEZ, 2005, p. 23). Isso implica em dizer que, consequentemente, os gêneros documentais também passam por tais transformações, porque o sistema de símbolos utilizados para transmitir a informação, que é o gênero documental, também se modifica com novas tecnologias.

O que se observa também é que há poucas literaturas, bibliografias a respeito de tal assunto, sendo que os gêneros documentais que são utilizados podem não suprir às necessidades para representar com efetividade o sistema de signos utilizados na comunicação do conteúdo. No filme Gueto,de Yael, há a exposição de diferentes documentos de arquivo, com diferentes gêneros documentais, mostra-se, por exemplo, informes financeiros. Supondo que tais informes financeiros possuam uma tabela para expor tais finanças, dizer que o gênero do documento é textual não representa bem como é devidamente a configuração que assume o documento em conformidade ao sistema de signos que esse utiliza para transmitir sua informação. É necessário que haja estudos aprofundados abordando o gênero documental, para que, assim, haja a melhoria deste ponto no âmbito arquivístico.

Referências:
 LOPEZ, André Porto Ancona. História e arquivo: interfaces. In: MORELLI, Ailton José (org). Introdução ao estudo da História. Maringá: EDUEM, 2005, p. 21- 34.


AAB/SP - ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS BRASILEIROS. Núcleo Regional de São Paulo. Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura, 1996.

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