Reflexão nº 12
Thailine Leite
Gênero Documental
O Dicionário
de Terminologia Arquivística de São Paulo, AAB-SP (1996 p. 41) traz como definição de Gênero Documental a “Configuração que
assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizado na comunicação
de seu conteúdo.”. Em meio a sociedade é observável que diferentes signos são
utilizados para transmitir a informação e as novas tecnologias colaboram para a
criação de vários gêneros documentais. “Os arquivos, por sua vez, também são
afetados pelas constantes inovações tecnológicas que influem diretamente na
maneira em que a sociedade produz seus registros. Os arquivos contemporâneos
caracterizam-se pelo grande volume de documentos e pela coexistência de
diversos suportes de informação. Ao lado do suporte tradicional, o papel,
surgem filmes, fitas magnéticas, discos óticos etc. Do mesmo modo, novos tipos
documentais passam a ser agregados aos arquivos, ampliando o conceito de
documento." (LOPEZ, 2005, p. 23). Isso implica em dizer que,
consequentemente, os gêneros documentais também passam por tais transformações,
porque o sistema de símbolos utilizados para transmitir a informação, que é o
gênero documental, também se modifica com novas tecnologias.
O que se observa também é que há poucas
literaturas, bibliografias a respeito de tal assunto, sendo que os gêneros
documentais que são utilizados podem não suprir às necessidades para
representar com efetividade o sistema de signos utilizados na comunicação do
conteúdo. No filme Gueto,de Yael, há a exposição de diferentes
documentos de arquivo, com diferentes gêneros documentais, mostra-se, por
exemplo, informes financeiros. Supondo que tais informes financeiros possuam
uma tabela para expor tais finanças, dizer que o gênero do documento é textual
não representa bem como é devidamente a configuração que assume o documento em
conformidade ao sistema de signos que esse utiliza para transmitir sua
informação. É necessário que haja estudos aprofundados abordando o gênero
documental, para que, assim, haja a melhoria deste ponto no âmbito
arquivístico.
Referências:
LOPEZ,
André Porto Ancona. História e arquivo: interfaces. In: MORELLI, Ailton
José (org). Introdução ao estudo da História. Maringá: EDUEM, 2005, p. 21-
34.
AAB/SP - ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS BRASILEIROS. Núcleo Regional de São
Paulo. Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo:
Secretaria de Estado da Cultura, 1996.
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